O enunciado intrincado dos legalismos desenvolveu-se em torno da necessidade de esconder de nós mesmos a violência que temos a intenção de dirigir uns aos outros. Entre privar um homem de uma hora de sua vida e privá-lo de sua vida existe só uma diferença de grau. Foi cometida uma violência contra ele, foi consumida sua energia. Eufemismos elaborados podem disfarçar a intenção de matar, mas, por trás de todo e qualquer uso do poder para afetar outra pessoa, resta o pressuposto supremo: “eu me alimento de sua energia”.
— Frank Herbert, no Messias de Duna
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