Ano passado, numa época distante, eu repudiei essa série. Assisti a 1ª temporada com sofreguidão, não me adaptando à forma que as coisas aconteciam na estória. Não curti. E poderia apostar alto que Hell On Wheels não seria renovada. E errei...
...de novo (tive a mesma crença a respeito de uma continuação para Falling Skies). Moral da prosa: às vezes, algo que parece ruim pode ser ruim só pra você, não para os outros...
... Pois nos EUA, a série ganhou boas críticas. Certamente, em razão do cenário: 1865; época pós-guerra civil; construções de ferrovias; guerra com índios.
Então: 2ª temporada confirmada, 10 episódios e, a mim, a esperança de um melhor entretenimento.
Tive sorte logo no primeiro episódio. Lá, a coisa já começa com um ar mais cruel, e temos sangue. Sangue! Coisa que não me lembro de ter visto na primeira temporada. Geralmente um cowboy atirava no outro e o alvejado rolava para chão, morto. Não se via o rombo da bala; nem a cor do sangue; o cara só morria. Ou, num certo episódio que teve pancadaria entre dois personagens, ninguém sangrou pela boca ou perdeu algum dente, ou quebrou o nariz. Nada. Apenas fadiga comum que um briga deixa. Sangue, nunca.
Nessa temporada, no entanto, o telespectador não deve se alimentar enquanto assiste. Por exemplo: no terceiro episódio rola um assassinato grotesco, e alguns porcos são alimentados com as tripas do morto. Uma cena animal. “Amém”, pensei, convertido, depois de ver esse episódio.