terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Coringa, do Todd Phillips

Reverencia Taxi driver mesmo (ele conversando consigo mesmo e sacando a arma é um déjà-vu do Travis e o seu "você está falando comigo?") e tem muito d'O Cavaleiro das trevas naquela Gotham azulada, naquele metrô amarelado, num Coringa preso no banco de trás da viatura, e até mesmo na trilha sonora final (tic-tic-tic)... isso tudo é um aperitivo singelo aos atentos. O banquete geral vem na perturbação que o personagem causa. Não é só um riso, não são apenas omoplatas proeminentes. Aí está um sujeito que passou um longo tempo subindo uma escadaria de penitência e quando resolveu descê-la — quando finalmente resolveu descer até o mais baixo —, ele desceu no seu melhor estilo.

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