quinta-feira, 29 de setembro de 2016

"Canção de Cassilda" em O Rei de Amarelo, ato I, cena 2

O mar quebra pela orla, vago,
Os sóis gêmeos afundam sob o lago,
As sombras se alongam
Em Carcosa. 

Estranha é a noite em que estrelas negras sobem,
E estranhas luas o céu percorrem
Mas ainda mais estranha é a
Perdida Carcosa.

Que morra inaudita,
Onde o mando em retalhos do Rei se agita;
A canção que entoarão às Híades na
Obscura Carcosa. 

Canção de minh'alma, minha voz é finada;
Morra sem ser entoada, como lágrima jamais derramada
Seca e morta na
Perdida Carcosa. 
— em O rei de amarelo, do Robert W. Chambers

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