domingo, 21 de fevereiro de 2021

Uma noite em Miami, da Regina King

Veio de uma peça de teatro, foco no texto. Então apesar de umas lutas do Ali que movimentam o começo, a verdadeira batalha está nos diálogos em um quarto de hotel, com um Malcolm X inspirado. Ele lembra você, no tempo em que prestigiar essa obra, que o sangue de Prometheu corre nas suas veias: em algum momento, você roubou a chama dos deuses e esse brilhantismo único está nas suas mãos ou na sua voz ou na sua mente — e como você pode usar esse poder em prol da sociedade em que vive?

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Momento contemplativo = livre-arbítrio

Periodicamente, a humanidade passa por uma aceleração de seus problemas, e com isso conhece uma corrida entre a renovável vitalidade dos vivos e a iminente corrosão da decadência. Nessa corrida periódica, qualquer pausa representa um luxo. Somente então é que se torna possível refletir que tudo é permitido, que tudo é possível. 

— Frank Herbert, no Filhos de Duna

domingo, 7 de fevereiro de 2021

Agir dominante

Os governos, se perduram, sempre tendem cada vez mais na direção de modelos aristocráticos. Não se sabe de nenhum governo, na História, que tenha se furtado a esse padrão. E, à medida que a aristocracia se desenvolve, o governo tende mais e mais a agir exclusivamente no interesse da classe dominante, quer essa classe seja a realeza hereditária, oligarquias de impérios financeiros ou a burocracia mais cristalizada.

— No, advinha só, Filhos de Duna, do Frank Herbert

sábado, 6 de fevereiro de 2021

O método de escolha

O bom governo nunca depende de leis, mas das qualidades pessoais dos que governam. A máquina do governo sempre está subordinada à vontade daqueles que administram essa máquina. Portanto, o elemento mais importante do governo é o método de escolha dos líderes. 

— No Filhos de Duna, do Frank Herbert

terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Decisões parte 2 (ou: Admoestação repentina da princesa Irulan)

 — Digo a vocês que perdemos algo vital. Quando o perdemos, perdemos junto a capacidade de tomar boas decisões. Hoje em dia, caímos sobre as decisões do modo como caímos sobre um inimigo, ou esperamos e esperamos, que é uma forma de desistir, e então permitimos que as decisões de outros nos ponham em movimento. Será que esquecemos que somos nós que disparamos esse fluxo atual? 

— No Filhos de Duna, do Frank Herbert

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021