segunda-feira, 23 de maio de 2011

Caça às Bruxas

O filme não é recente, e sua estréia no inicio do ano foi pouco divulgada, logo, Caça às Bruxas não foi um sucesso explosivo. Talvez por não ser um filme da Marvel, ou não ter extraterrestres, ou não ter vampiros de gênero duvidoso... Bom, o que me fez investir uma hora e meia nele foi a sua temática, que muito me atraíu. Além do mais, um filme do tipo sempre pode servir de inspiração para um RPGista.

Época: Cruzadas, Caça às Bruxas e Peste Negra. Ou seja, o pior do obscuro período da Idade Média e sua Igreja persuasiva. O inicio do filme faz muito bem em mostrar um resumo de tudo isso. Pecam, no entanto, em uma primeira cena onde bruxas são executadas, exibindo “abertamente” a presença do sobrenatural. Ao meu ver, esse seria um fator melhor aproveitado sendo mais misterioso, explicado no decorrer do longa...

Nicolas Cage vive o personagem Behmen, um templário de longa data e muitas batalhas. Após uma última vitória, Behmen reavaliou seu juramento à Igreja, e enxergou que esta última agia de forma equivocada; por fim, abandonou o exército se tornando um desertor com seu irmão de arma Felson (Ron Perlman). Um tempo depois eles são descobertos em uma cidade, e presos. Entretanto, pela fama que possuíam, lhes é oferecido uma missão em troca da liberdade: Levar uma mulher acusada de bruxaria (e de ser a causadora da Peste) até um certo monastério, para um julgamento justo.

O filme passa a ser interessante a partir do inicio da jornada. Onde o grupo, contanto também com um padre e um guia, seguem viagem transportando a jovem. Interessante pois até o momento não era possível saber se ela era de fato uma bruxa, ou apenas uma mulher erroneamente acusada pela Igreja. Esta dúvida vai se dissipando no deccorer da vigem, onde alguns membros do grupo perdem suas vidas de maneiras misteriosas. Até então, as suspeitas em relação a “bruxa” era cada vez maior. Interessante o fato do comportamento dela oscilar entre um inocente e sereno ao imprevisível e rebelde; “quem sabe uma segunda personalidade”, pensaria um cético. Não exatamente isso, mas de uma forma ou de outra, ainda não dava para ter respostas concretas. E esse é o grande charme da trama.

Caminhando para o fim, o filme assume de vez uma ideia sobrenatural (apesar de já o ter feito no inicio, mas, até chegar aqui o telespectador já esqueceu), encerrando tristemente as dúvidas que provavelmente conseguiu causar, e encerrando com o filme de forma pobre, que pouco vinga todo o restante.

O filme em si é simples. Batalhas simples, diálogos simples, atuações simples. O que salva é a cativante aventura do grupo. E vale ressaltar também que os cenários e os figurinos são ótimos, assim como qualquer outro filme atual que incorpore uma época medieval. Além dessas coisas, Caça às Bruxas é uma ótima dica para uma aventura One-Shot, rápida, de objetivo aparentemente simples, e repleta de mistérios e decisões capazes de abalar a fé em Deus e o juramento à Igreja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário