domingo, 4 de agosto de 2013

Máfia, ninjas, drama e Wolverine

No terceiro filme dos X-Men, Ciclope está na depressão por causa da morte da Jean. Wolverine barra sua passagem e fala que ele precisa superar isso, se recuperar logo, pelo bem do Instituto. E Ciclope solta que “nem todos se curam rápido como você, Logan”, e se manda.

Pois bem, agora é a vez do Wolverine sentir-se tão ferido quanto Scott. O Instituto perdeu seus lideres e quase faliu por causa disso, Wolverine era a promessa de, junto com a Tempestade, manter a escola. Mas o que vemos nesse novo filme é um Logan exilado, longe de todos, sentindo ─ em seu trauma diário em ter de acordar após um pesadelo ─ a perda da Jean. Ele deseja morrer. Sabe, descansar. Não vê mais sentido na vida.

Até que alguém aparece. Um objetivo cai em suas mãos, e ele, incapaz de resistir a uma tendência heroica ─ fraca, mas ainda viva em seu intimo ─, resolve ajudar. Em sua desgraça, ele só pensava em si mesmo, nos fracassos, na própria morte. Agora, com um objetivo, esqueceu de si e passou a pensar em outra pessoa. Aos poucos, essa pessoa se tornou sua motivação ─ agora, enfim, ele achava uma razão para viver. 

O diretor disse que acha bacana filmes de super-heróis com efeitos em grande escala como invasões alienígena ou grandes atos de terrorismo. Mas, para o seu Wolverine, ele preferiu algo com os pés no chão, criando uma série de perseguições e confrontos sem precisar derrubar prédios ou explodir carros. O foco é o drama do protagonista e a construção do relacionamento dele com sua protegida. Mas esse direcionamento não impede que Logan seja explorado como um exército de um único homem ─ sozinho: desse a porrada na Yakuza, fica cabreiro com a femme fatale em couro verde, tenta atropelar um clã de ninjas e ainda mede forças com um "robô" de adamantium.

É um filme médio que fica com aparência de incrível para o fã que temia algo próximo da porcaria que foi o Origens. Wolverine, Imortal supera aquela coisa feia, linka informações dos filmes dos X ─ o que é muito bacana, sugerindo que não descartaram completamente o que já foi produzido ─ e estoura a champanhe no final, com uma cena pós-crédito muito show. A expectativa foi montada. A impressão é que o futuro dos mutantes no cinema será ampliado, melhorado e turbinado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário