segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Jorn Lande: dono de uma das melhores vozes do metal atual


Eu costumo dizer que Jorn Lande (na briga com Russell Allen) é o melhor vocalista que o mundo do metal conhece, de uns anos pra cá. Graças à essa minha afirmação, claro, mereço um troféu de imparcialidade. Mas, veja bem, estou aqui, agora, tentando me defender com uma postagem a fim de divulgar (novamente) o timbre e a pegada RonnieJamesDio/DavidCoverdele deste vocalista, e assim justificar minha causa. Pode ser? Ok.

Às vezes é um desafio ir atrás de uma banda cheia dos discos. Pode surgir algumas dúvidas de por onde começar, qual daqueles é o melhor, qual que tem aquele guitarrista x e por ai vai. Geralmente o que salva uma apresentação para qualquer ouvinte perdido, mostrando todo o potencial de pilhas de álbuns numa única tacada, são as coletâneas. E Jorn é um cara que adora se apresentar.

Acontece que, de tempo em tempo, ele costuma lançar discos coletâneas. Mas, prevendo que uma nova compilação poderia cair no colo da mesmice (com um repertório que os fãs conhecem de cor, ou um repertório cheio de covers, ou as duas coisas; ou seja, o que as outras coletâneas já fizeram), ele apelou pra algo novo em sua carreira: sinfonia.

A nova coletânea se chama Symphonic, e a ideia era trazer aquelas músicas menos apreciadas com o apoio de uma modesta orquestração, fazendo, assim, um disco além do habitual heavy metal/hard rock.

60% da força do álbum está contida nos covers: “Rock And Roll Children”, do Dio; Time To Be King, do Materplan; The Mob Rules, do Black Sabbath. Belas interpretações de um sujeito que se faz de humilde, mas que na verdade planeja dominar o mundo com sua voz (o que? Mais um troféu chegando aqui? É isso mesmo produção?). A versatilidade do Jorn pode ser ouvida em The World I See, onde ele faz melodia com voz calma e mantém os versos com um grude maligno, até depois mudar de face conforme o crescimento da música. A balada ala David Coverdele atende por Black Morning. E uma boa levada (ainda mais com a sinfonia) está em Vision Eyes, que, além de tudo, tem bom refrão.

Infelizmente as sinfonias são apenas pinceladas que ainda ficaram atrás dos instrumentos comuns da banda. Apenas em alguns raros momentos uma sequencia de violinos nervosos consegue roubar a cena, ou, em algumas introduções. Fora isso, é um disco comum como qualquer outro do Jorn. Comum, ou seja, sinônimo de ótimo. E por fim, o objetivo da postagem numa palavra: recomendo!

Repertório: 1. I Came To Rock / 2. Rock And Roll Children (Dio cover) / 3. The World I See /
4. Burn Your Flame / 5. Man of the Dark / 6. My Road / 7. Time To Be King (Masterplan cover) /
8. Black Morning / 9. Like Stone In Water / 10. Vision Eyes / 11. War Of The World /
12. Behind the Clown / 13. A Thousand Cuts / 14. The Mob Rules (Black Sabbath cover)

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