sábado, 26 de maio de 2012

Firewind no ápice da criatividade

Quando Gus G (guitarrista, compositor e líder do Firewind) surgiu nos palcos ao lado de Ozzy, em 2010, tornando-se membro da banda no álbum Scream, os fãs do ícone olharam para o novo guitarrista e se perguntaram de onde ele tinha vindo. Impulsionados pela curiosidade natural da vida, foram ver a banda dele. Uma banda grega de Power Metal. Resultado: foram bem recebidos pelo álbum Days Of Defiance, que também era lançado em 2010. Daí, Firewind deu um passo largo no quesito popularidade. O próprio Gus G declarou que a fama que tinha junto a sua banda, cresceu de forma geral a partir do momento que começou a tocar com o Ozzy. E agora, com o lançamento de Few Against Many, essa popularidade recebera muitos acréscimos.

O som proposto pelo grupo esta em sua melhor forma. Gus G demonstra uma vez mais todo seu acervo criativo em solos diversos e riffs bem colocados, chamando os holofotes pra si e almejando com todas as forças o titulo de melhor guitarrista da atualidade. Quem faz outro grande peso no line-up é o vocalista Apollo Papathanasio, com um pleno domínio de seus vocais limpos, sabendo quando dar ênfase, e quando ser melódico. É, em primeira analise, o melhor disco feito pela banda em seus 14 anos de metal.

Few Against Many é um disco rápido, com 10 faixas batendo uma média de 4 minutos cada. E essa rapidez é ruim, mas de um jeito bom: Mal se percebe o tempo passar quando o show é bom; pois bem, Few Against Many deixa o cruel gosto de insatisfação, “como assim, já acabou? Com essa qualidade, precisava ter mais umas 20 faixas compiladas ai”, pensei, quando ouvi pela primeira vez esse disco cruel. O remédio foi ouvir de novo e de novo. Depois foi fácil concluir que o Firewind se posiciona, hoje, em seu melhor momento de inspiração.

Os maiores destaques são The Undying Fire, a faixa titulo e Glorious. E algo que se tornou comum nos últimos tempos aconteceu: ter a participação especial de um convidado. No caso, nada mais nada menos que um grupo meio apagado nos últimos anos, mas que tem fama perpetua: Apocalyptica. Os mestres das cordas acústicas fazem presença na faixa Edge Of A Dream, dando uma perfeita quebra na atmosfera do disco. Só achei que poderiam ter um maior espaço na faixa, um pouco mais de importância...

Enfim, Firewind desenvolveu um ótimo trabalho, em um momento de salto criativo onde não foi preciso apelar para exibicionismos comerciais. A banda mantém a mesma essência de anos atrás, quando Gus G sonhou: “vou fazer uma banda, e conquistar o mundo”. A única diferença, do inicio da banda até hoje, é que agora o sonho não está muito distante.


Repertório: 1. Wall Of Sound; 2. Losing My Mind; 3. Few Against Many;
4. The Undying Fire; 5. Another Dimension; 6. Glorious; 7. Edge Of A Dream;
8. Destiny; 9. Long Gone Tomorrow; 10. No Heroes, No Sinners.

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