domingo, 29 de abril de 2012

The Power Within: O disco mais pé no chão do DragonForce

DragonForce é uma banda inglesa de Power Metal. Mais conhecida como uma exima banda de estúdio, com um instrumental rápido e cheio de técnicas absurdas de guitarra. De estúdio, sim, visto que quando eles sobem em um palco, reproduzir ao menos metade da qualidade das músicas feitas é um ato quase impossível. Mesmo com essa parcialidade, de qualidade somente nos estúdios, a banda tem um bom respeito geral. E creio que esse respeito deve se expandir com The Power Within, novo álbum do grupo.

Precisei ouvi-lo apenas uma vez para deduzir que este é o melhor disco que eles fizeram. Os álbuns do DragonForce sempre me soaram como uma única música longa e arrastada, cheia de enfeites e exibições. Raramente uma única faixa prende a atenção, nos antigos trabalhos. Ao menos comigo sempre foi assim. Mas The Power Within parece mostrar certo amadurecimento, com um som mais pé no chão que seus antecessores.

O protocolo da banda sempre foi elaborar faixas longas, todas cheias de pompa, dando vida a um repertório inteiramente longo (e talvez cansativo). Não existia, por exemplo (ou não estou me lembrando agora), música rápida, direta, que grudasse na mente. Era, como disse, tudo um único quadrado que chegava a ser repetitivo.

Mas, surpresa, The Power Within quebra o protocolo: O repertório conta com apenas uma faixa de sete minutos, o restante corre na média dos cinco! E isso, ao meu ver, é o principal fator que contribuiu para que este álbum soasse melhor: com canções curtas, as linhas de voz são mais presentes e o instrumental deixa de ser o foco exibicionista. Agora eles devem se sair um pouco melhor ao vivo...

Outro fator importante é o novo vocalista, Marc Hudson. Confesso que de primeira nem reparei que era outro sujeito cantando, ainda pensei que era o antigo ZP Theart, que, francamente, tenho pouca afeição. Mas, ouvindo atentamente, descobri que Hudson tem parte na melhora da banda: as linhas que propôs parecem ser fáceis de reproduzir ao vivo, sem aqueles tantos gritos estridentes que qualquer um desafinaria. Parece ser um vocalista bem consciente de seus limites.



Destaque para a single Cry Thunder, que cumpre facilmente o papel de música comercial, com um resumo do álbum compilado em uma única faixa. Inclusive, há uma versão ao vivo dela, no álbum, onde podemos conferir que o instrumental consegue ser bem reproduzido, e até mesmo as linhas de voz. Fora a single, Seasons, Die By The Sword e a instrumental Avant La Tempête são as que rendem os melhores momentos do disco.

Enfim, The Power Within não chega a ser aquele álbum pra se ouvir sempre, mas larga na frente de todos os que a banda produziu desde então. Num conceito geral, é um álbum razoavelmente bom, embora distante de conseguir marcar época.  
Repertório:
1.Holding On; 2.Fallen World; 3.Cry Thunder;
  4.Give Me The Night; 5.Wings Of Liberty;
  6.Seasons; 7.Heart Of The Storm; 8.Die By The Sword;
9.Last Man Stands; 10.Avant La Tempete (Instrumental)




10 comentários:

  1. METAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALLLLLLLLLL!!!

    Simplesmente incrível! Este tem tudo para ser o melhor álbum desta excelente banda! Especialmente pelo fato deles terem deixado um pouco de lado o "exibicionismo instrumental", o maior problema deles em minha opinião.

    LONGA VIDA AOS GUERREIROS DO DRAGONFORCE!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. \o/

      Então, o segredo esta na duração das músicas, o instrumental continua firme, mas as letras são a nova prioridade!

      Excluir
  2. Eu já sabia que "Power Metal" era o movimento gay do metal, mas essa musica do Dragonforce é a coisa mais gay e poser que já ouvi na vida, superaram o Manowar.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Claro, claro... O que você recomenda, Anônimo? Pelo jeito deve saber tudo de boa música...

      Excluir
    2. Bach, Beethoven, Bhrams, Bruce Dickinson, Beatles, Beatallica, Bjork, Beast Boys, Black Sabbath, Bob Marley, Black Label Society, Bad Religion, BB King...
      Isso com a letra "b". Outro dia lhe transmitirei cultura musical com outra letra.

      Excluir
    3. Bacana... Meu dia será melhor quando fizer isso...

      Excluir
  3. Ignore este tolo, nobre Torinks.

    Provavelmente ele está nervoso porque alguém estragou o vestido de suas barbies enquanto o infeliz ouvia as "músicas" do Justin Bieber...

    ResponderExcluir
  4. Pelos Deuses, como tem gente chata nesse mundo. A minha tristeza é que esses espertinhos sempre usam música clássica para se acharem superiores. Conspurcando o nome dos mestres. E o pior é que acredito que a grafia correta seja "Brahms", e não Bhrams.

    Enfim, muito legal a notícia, Torinks. Eu também acho que o maior problema do Dragonforce era o "exibicionismo instrumental", tenho que checar esse álbum.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é Astreya. Mas é só deixar eles falarem... Morrem pela boca de uma forma ou de outra.

      E sim, cheque o álbum. Decerto, é o melhor deles.

      Excluir