domingo, 6 de novembro de 2011

Iced Earth – Dystopia

Iced Earth é uma banda estadunidense de Heavy Metal, de grande sucesso desde seu inicio em 1984. Particularmente, é uma das minhas preferidas no gênero, com um líder que cada vez mais honra o metal com muito talento – o guitarrista e principal compositor Jon Schaffer.

Dystopia é o 10º trabalho de estúdio do grupo. E sem meias palavras: é um dos melhores álbuns do ano! Temos o melhor do metal em todas as dez faixas, mais duas perfeitas bônus track.

Algo que deu muito certo foi o novo vocalista Stuart Block. A banda já contou com quatro vocalistas, ao longo da carreira. Dentre eles, os mais influentes, Matt Barlow e Tim “Ripper” Owens. E agora, a banda acerta com um novo sujeito dono de uma voz que caiu como uma luva nas novas melodias. Stu (como costuma ser chamado) é versátil; usa de um timbre grave em quase todo tempo, e de repente arranha a voz para passagens mais rasgadas, e em outros instantes aposta em agudos poderosos, e, finalmente, consegue ser bem melódico e profundo nas baladas.

A faixa título abre o álbum deixando um pouco de tudo a mostra. “Iced Earth evoluiu, e vai conquistar o mundo”, parecem dizer. Segue aquele padrão meio-manjado de enrolar o ouvinte por meia-música até finalmente apresentarem um novo andamento e impressionar. Pedaleira em eminência, riffs arrastados e dedilhados sempre ao fundo, nos refrões. Uma boa escolha pra fazer o vídeo também, já mostrando para os fãs a personalidade do novo vocal.



“Anthem” surpreende mais ainda. Começo com acordes acústico de guitarra, pouco depois entra o baixo e bateria, e depois temos os riffs em uma guitarra e a melodia em outra, do tipo que deve inspirar uns coros ao vivo. O refrão é de matar, um baita desempenho do vocalista. O solo de guitarra passa rápido, meio que pra não perder a atenção do ouvinte, pois logo depois voltamos com os versos, refrão, e final épico com vocais de apoio. Difícil selecionar uma única faixa como a melhor do álbum, mas esta sem dúvida é forte candidata.

“Anguish Of Youth” é um bom exemplo do que eu falei sobre o vocalista ser melódico em certos momentos. A música traz versos bem voltados para esse lado, e as guitarras apenas ajudam a criar o fundo perfeito.

“V” é absurda. Um refrão épico e vocais de apoio entrecortando o pós-refrão. Não chega a ser uma das melhores, capaz de curtir logo de primeira, mas ouvindo melhor, essa é uma faixa muito bem trabalhada.

“Days Of Rage” é pouco mais de dois minutos de fúria. Deve provocar altos bate cabeça, quando tocada em um show. E é quase impossível ouvir “End Of Innocence” sem querer cantar junto; uma baita composição.

A faixa bônus “Iron Will” é aquela que você se pergunta por que diabos é uma faixa bônus; de tão boa que é, deveria ser uma single! Aqui se repete um pouco do talento melódico do Stu, e mais pedaleiras em destaque.

Enfim, depois de lançarem uma seqüência de álbuns conceituais (que já começava a chatear alguns fãs e a critica), a banda retorna em ótima forma. É de espantar como esse álbum não soou repetitivo ou cansativo, como poderia vir a ser. Longe disso: Dystopia parece até ser um disco de uma nova banda de metal, cheia de juventude e expectativas.

É por trabalhos deste nível que gosto de dizer que sou metaleiro.

Tracklist
1.Dystopia
2.Anthem
3.Boiling Point
4.Anguish of Youth
5.V
6.Dark City
7.Equilibrium
8.Days Of Rage
9.End Of Innocence
10.Soylent Green
11.Iron Will
12.Tragedy And Triumph

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