domingo, 16 de outubro de 2011

Spartacus: Gods Of The Arena

Embora seja grande fã da série, demorei muito pra ir ver os episódios do Gods Of The Arena. Acho que terminei há pouco mais de um mês e só agora que consegui formar algumas frases pra postar aqui.

Bom, ao termino da primeira temporada – Spartacus: Blood And Sand – houve a pausa nas gravações, por causa do afastamento do ator principal. Resolveram então, para não “perderem tempo”, gravar uma estória paralela de poucos episódios até conseguirem voltar com o principal de tudo.

Gods Of The Arena tem o duro trabalho de explorar os passados. Explorar o antes-de-tudo, de cada personagem antes mesmo do protagonista Spartacus se fazer presente. Então é aqui que descobrimos como Crixus se tornou campeão, como Ashur ficou manco, como Batiatus ingressou nos jogos como Lanista, etc. Uns você passa a entender melhor, outros você passa a amar mais, ou “menos”. Mas o ponto é que fizeram algo genial em apenas seis episódios, e o melhor é que deixaram uma ótima ponta solta no fim, para que, no futuro, possa ser aproveitada em uma nova série paralela: no caso, contando a jornada como homem livre do personagem principal em questão: Gannicus.

Sobre ele, o campeão da vez, tenho pouco a dizer: baita personagem, como todos os outros. Não tem tanto poder de simpatia quanto um Spartacus, mas quase chega lá com seu estilo de enfrentar os desafios sorrindo para a morte. Embora seja praticamente o principal, eu senti que Batiatus é quem domina o melhor da trama. E destaque para o ator que o interpreta, o glorioso John Hannah que me impressionou e muito com suas diversas reações e tamanha naturalidade ao encarnar um maldito ambicioso Lanista. 

John Hannah evoluiu muito desde a trilogia d'A Múmia. Aqui ele é o cara!
Na verdade, todo o elenco tem esse poder impressionante de interpretação. É muito difícil se decepcionar. Os personagens, como disse há um tempo atrás, são envolventes, cada um enigma próprio dentro da rede de intrigas que envolve o cenário. As lutas quase que ficam como fator coadjuvante!

Sobre as lutas, bem, é visível que nem sempre se preserva um bom nível de senso. Logo nas primeiras cenas temos uma “fatia” da cabeça de um gladiador voando, e em outros momentos vemos perfurações mal feitas que chegam a ser ridículas. Mas isso acontece nos momentos mais rápidos e de menos importância. As grandes lutas são bem feitas, com filmagens precisas dos movimentos bem ordenados dos lutadores (embora eu tenha que reclamar de alguns movimentos absurdos de um ou outro gladiador metido a ninja...) e o principal investimento vai para as (muitas) gargantas cortadas, onde o sangue esguicha farto do pobre-diabo que aceitou o papel do lutador-que-morre...

A eterna Xena (Lucy Lawless) é Lucretia. Arrisco dizer que ela é mais perigosa com suas conspiratas do que com um chakran. 
Eu costumo dizer que depois de ver Spartacus nada mais me surpreende em cenas de nudez, pois para a violência sempre há quebra de recordes. Bom, me enganei profundamente ao ver o nudismo em Gods Of The Arena, nem sempre o nudismo em si, mas a forma como acontece... (Principalmente nas espontâneas cenas do Barca, argh...)

Há também outras cenas que não são nem violência nem de nudez, mas que trazem o mesmo potencial de impressionar o telespectador. Como por exemplo, Batiatus levando um mijão na face. Aquela cena foi tão épica que eu fiquei sem reação por muitos minutos.

Senti falta de uma explicação: de como Ashur veio a se tornar um tipo de mensageiro do Batiatus. É algo mínimo, mas que eu gostaria de entender como foi que aconteceu. Outra coisa que também faltou foi maiores explicações sobre o Crixus, do porque dele querer ser um gladiador e alcançar glória. Ficou um terrivel buraco na história do personagem. Torço para que esse "mistério" possa ser revelado na próxima temporada.

Finalmente, Spartacus: Gods Of The Arena quebra tudo. Uma genialidade livre que abusa de toda a crueldade que existia na Roma antiga, logo, uma série realista, histórica. Personagens absurdos, atores bem preparados para todo tipo de cena e uma trama de prender atenção de inicio ao fim. Tem mais, mas vou ficar só com esse comentários.

Recomendo com todas as forças. E espero na fúria da ansiedade pela nova temporada, em Janeiro!

2 comentários:

  1. Realmente parece muito interessante. Ótima resenha, nobre amigo!

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  2. Essa série é uma verdadeira escola de personagens! Garanto que ira gostar Odin!

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