quinta-feira, 19 de maio de 2011

HammerFall – Infected

Infected é 9º álbum de estúdio da banda suéca de Heavy/Power Metal, HammerFall. Este é o 1º álbum deles sem o mascote da banda ilustrando a capa (um cavaleiro de armadura negra e martelo de guerra), logo, este é o 1º álbum deles sem uma temática épica e medieval. Muito pelo contrário, a idéia do álbum é totalmente atual. Atual até demais...

Ou seria melhor dizer recente?

Isso porque o nome do disco e suas faixas foram anunciados dia 15 de março. Exatamente quatro dias depois dos trágicos acidentes no Japão. E ao analisar os nomes, juntamente com arte da capa, encontramos certa referência aos eventos, de forma geral é claro. Isso fora apenas uma terrível coincidência que atentei...

Curiosidades a parte. Vamos ao metal.

Uma opinião minha sobre a banda, é que desde o lançamento de 2002 – Crimson Thunder – a banda não foi mais capaz de produzir um repertório inteiramente bom. Talvez por este motivo, eu não criei grandes espectativas para Infected. E de primeira ouvida, eu confirmei o que temia: mais um álbum “comum”.

O vocalista Joacim Cans continua impecável, e o instrumental da banda é bom e experiente. Mas, embora a qualidade dos músicos, as músicas pouco surpreendem. Observei que o principal fato disso é que neste álbum quase tudo soa repetitivo: Uma parte do repertório é iniciada sempre pelas baquetas do Anders Johansson. Sempre uma pausa em meio o andamento das músicas. Refrões previsíveis e muito repetitivos...

Infected não é ruim, mas não trás nada novo, além da temática.

Mas, não fico só nas criticas, pois ao ouvir pela segunda vez, encontrei alguns pontos positivos:

A banda ainda manteve alguns coros de fundo, o que ascende o animo do ouvinte. Os solos não decepcionam e as pedaleiras estão mais eminentes do que nunca, parecendo até o principal fator que conduz as músicas. O uso de órgão em músicas como “666 - The Enemy Within“ e “Redemption”, mesmo que por um curto tempo, acrescentam um clima quase épico que diferencia, sendo esta última a melhor do conjunto.

“Patient Zero” abre o álbum de maneira interessante, com uma sonoplastia que introduz a ideia do álbum. Uma ótima escolha para o topo da lista, pois é uma das melhores. “Send Me A Sign” é a balada que nunca falta, e bem característica: calma a todo tempo ganhando força nos momentos finais. As demais não são muito diferentes entre si, apresentando as primeiras características citadas.

Embora HammerFall tenha mudado drásticamente de abordagem neste álbum, isso não influenciou em sua sonoridade; o som continua o mesmo, mas falta um pouco mais de senso para acertar as coisas e criar músicas como antigamente: Aquelas que não saiam da mente.

Track-list
1. Patient Zero
2. Bang Your Head
3. One More Time
4. The Outlaw
5. Send Me A Sign
6. Dia De Los Muertos
7. I Refuse
8. 666 - The Enemy Within
9. Immortalized
10. Let's Get It On
11. Redemption


“One More Time” é um bom exemplo de tudo isso que falei, e um pouco mais até:

3 comentários:

  1. Primeiramente, LET THE HAMMER FALL FROM VALHALLA!

    Concordo contigo, nobres escaldo; desde Crimson Thunder, os albuns de Hammerfall não foram inteiramente (ou em grande parte) bons. E a mudança de temática, abandonando seu estilo medieval, muito me entristece.

    Isto, aliado ao fato da banda Rhapsody of Fire divulgar que há de lançar seu último trabalho usando a mitologia de Algalord neste ano, me faz temer pelo futuro do metal.

    Felizmente, antigos mestres como Manowar e novos grupos como Van Canto estão prosseguindo fortes com o legado.

    ResponderExcluir
  2. Espero estar enganado quando afirmo que o HammerFall não irá mais voltar ao som épico de antigamente. Talvez isso dependa de como este álbum será aceito pela critica e pelos fãs.

    Sobre Rhapsody Of Fire, eu quase não acreditei ao ouvir a noticia. Mas creio que este álbum que logo será lançado irá encerrar com glória esta épica saga. E sinceramente, duvido que Luca Turilli não apresente um novo projeto ainda este ano...

    ResponderExcluir
  3. Espero que tenhas razão, nobre escaldo. E Espero também que eles não abandonem o gênero "medieval" de seus trabalhos.

    ResponderExcluir